Iniciativa Negra
G1 Bahia

Governador repercute Monitor da Violência, reconhece inteligência de grupos criminosos, mas diz que ‘a Bahia não vai ficar refém’

Na Mídia
17/08/2023
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Dudu Ribeiro é um dos especialistas ouvidos pela reportagem sobre os dados apresentados sobre mortes violentas.

“Cada estado tem uma dinâmica, uma micro-organização de parte significativa do comércio de substâncias. No Rio de Janeiro existem menos facções que o Nordeste, mas há uma atuação forte de milícias. O Nordeste tem um número grande de organizações regionais ligadas às facções sudestinas, então acabam sendo muitas organizações que vão disputar o mercado e o território, o que incentiva a produção de novos conflitos”, argumentou o pesquisador.

Para Dudu, a atual política de segurança pública empregada pelo Estado, com base na lógica de conflitos, ocupações violentas e mortes em operações, na chamada “guerra às drogas”, reforça a forma de atuação das facções criminosas.

“Só que a ‘guerra às drogas’, não é contra as substâncias, é contra pessoas – sobretudo pessoas negras que estão em territórios vulneráveis. A dinâmica faccional do Brasil é influenciada diretamente pela dinâmica prisional. Isso retroalimenta a força das organizações criminosas e, obviamente, o que é produzido de violência da prisão extravasa também para as cidades baianas”, analisou Dudu.

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